Diocese: Santuário de Fátima acolhe a Peregrinação Diocesana do Porto que reuniu mais de 32 mil peregrinos inscritos

Santuário de Fátima acolhe a Peregrinação Diocesana do Porto que reuniu mais de 32 mil peregrinos inscritos
Bispo do Porto quer uma igreja “jovem e bela” como “uma casa de família”

O Recinto de Oração do Santuário de Fátima encheu-se na manhã de sábado, 09 de setembro, para acolher os milhares de peregrinos que vieram à Cova da Iria integrando a Peregrinação Diocesana do Porto, presidida pelo seu bispo, D. António Francisco dos Santos.

“Queremos partir daqui (de Fátima) movidos pelo amor de Deus” e “aqui pedimos a Nossa Senhora que nos ilumine na prossecução do nosso plano pastoral que hoje começa para sermos capazes de construir uma igreja bela, como uma casa de família, que seja mãe comovida pelas dores e sofrimentos dos seus filhos”, afirmou o prelado diocesano que presidiu à concelebração no Recinto de Oração, na qual participaram, entre outros, também os bispos auxiliares do Porto e o bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto.

“Queremos ver espelhado no rosto da igreja do Porto o rosto jovem e belo da igreja que brilha quando é rica em amor” prosseguiu ainda D. António Francisco dos Santos que apelou ao espírito missionário “de todos e cada um” dos diocesanos.

“Não podemos viver distantes dos dramas humanos nem ficar insensíveis aos seus clamores e indiferentes aos seus sofrimentos. Os doentes, os frágeis, os presos, os sem abrigo… contai connosco, queremos ser igreja onde as vossas dores sejam também as nossas para que a alegria da nossa fé seja o vosso conforto”, afirmou o prelado convidando os diocesanos a “entrarem na vida concreta dos que sofrem”.

“Os trilhos da fé, da esperança e da caridade que hoje se fizeram caminhos de peregrinação a Fátima devem estar sempre presentes” disse D. António Francisco dos Santos pedindo “disponibilidade para a missão”.

“Igreja do Porto, nesta hora, sois convidada a anunciar a Alegria do Evangelho”, exortou o bispo de Porto que frisou a necessidade de saber “escutar o mundo em que vivemos e dar atenção ao povo peregrino que somos, entendendo os sinais que a alegria de Deus nos fornece”. Só assim “seremos comunidades vivas e dinâmicas”, capazes de abraçar “novos horizontes de missão iluminados por novos desafios”.

Perante diocesanos das 477 paróquias que formam a diocese do Porto, a norte e sul do Douro, o bispo do porto pediu ainda a proteção de Nossa Senhora para o novo ano pastoral e afirmou a comunhão com o papa Francisco, a partir de Fátima, na oração pela Paz na Colômbia, para que o Santo Padre consiga levar “a paz, a concórdia e a esperança a este povo marterizado”.

“Tornamo-nos braços de um grande rio, a guiar-nos para um abençoado mar de fé e caminhamos juntos a rezar a alegria da nossa fé para que, com Maria, sejamos igreja peregrina e missionária”.

No final da celebração, também o bispo de Leiria-Fátima, anfitrião, deixou uma palavra aos diocesanos do Porto que serviu durante 25 anos, quer no Seminário Maior do Porto quer como sacerdote em várias comunidades.

“Salvé querida diocese do Porto, benvinda a Fátima e que Nossa Senhora de Fátima te abençoe, ilumine e acompanhe sempre com o seu auxílio materno” disse num tom visivelmente emocionado D. António Marto.

“Nunca esquecerei toda a vitalidade que encontrei na diocese do Porto, que me ajudou a viver a fé e o meu ministério, aprofundando-o” disse ainda o prelado de Leiria-Fátima que afirmou estar grato pelos 25 anos passados nesta dicoese.

“Quero mostrar a minha gratidão por tudo o que recebi da diocese do Porto e das grandes amizades que lá fiz” disse ainda sublinhando “as belas recordações e as saudades que guardo no meu coração”.

A peregrinação do Porto realiza-se no dia da dedicação da catedral da diocese e num contexto de início de ano pastoral. O momento alto será a consagração a Nossa Senhora.

Além da Missa no recinto de Oração, no programa destaca-se ainda a participação no terço, na Capelinha das Aparições, às 16h00.

A primeira peregrinação diocesana do Porto a Fátima realizou-se em 1968.