CICLO “A ALEGRIA DO AMOR” NO CINEMA EM PAÇOS DE FERREIRA
A PROPÓSITO DA EXORTAÇÃO APOSTÓLICA DO PAPA FRANCISCO
«A alegria do amor que se vive nas famílias é também o júbilo da Igreja
Apesar dos numerosos sinais de crise no matrimónio […] “o desejo de família permanece vivo,
especialmente entre os jovens, e isto incentiva a Igreja”.
Como resposta a este anseio, “o anúncio cristão sobre a família
é verdadeiramente uma boa notícia”».
Francisco, Amoris laetitia, n. 1
Folheto Informativo (clique)
Cartaz
No seguimento da exortação apostólica Amoris laetitia (A alegria do amor) do papa Francisco sobre o amor na família, o Centro de Cultura Católica do Porto e a Pastoral Familiar da Vigararia de Paços de Ferreira vêm propor um ciclo de cinema subordinado ao tema “A alegria do amor” no cinema. Acolhem em parte a proposta da Associação Católica Mundial para a Comunicação Signis, divulgada em Portugal pelo Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura. Estende-se agora a outra circunscrição da diocese a iniciativa inicialmente pensada e atualmente em curso em Vila Nova de Gaia.
São propostos cinco filmes que, tocando algumas das questões familiares abordadas na exortação apostólica, podem ser ocasião para as refletir a partir da história de cada filme. Os filmes são antecedidos de uma breve introdução e seguidos do diálogo que se proporcionar entre os presentes.
O ciclo, de entrada livre, decorre de março a julho de 2017, em sessões mensais, à segunda-feira, às 21.00 h., de acordo com o calendário e locais que a seguir se divulgam, conjuntamente com o alcance familiar de cada filme a partir da proposta que acolhemos:
20 de março, 21.00 h.: A família Bélier, de Éric Lartigau (França, 2014)
Centro Paroquial de Freamunde
«Todos os membros da família Bélier são surdos-mudos, exceto Paula, de 16 anos. Ela faz de intérprete para os seus pais, especialmente no que respeita ao funcionamento da quinta familiar. O conflito dá-se quando Paula, incentivada pelo seu professor de música, que descobriu o seu talento para o canto, pensa sair de casa para estudar. Com uma boa mistura de comédia e drama, com música e letras realmente comovedoras, o filme realça muitos valores familiares, como o amor, a ternura, a comunicação e a ajuda mútua. Podemos evocar aqui as palavras do papa na sua exortação: “As pessoas com deficiência são, para a família, um dom e uma oportunidade para crescer no amor, na ajuda recíproca e na unidade. […] A família que aceita, com os olhos da fé, a presença de pessoas com deficiência poderá reconhecer e garantir a qualidade e o valor de cada vida, com as suas necessidades, os seus direitos e as suas oportunidades” (n. 47)».
24 de abril, 21.00 h.: Kramer contra Kramer, de Robert Benton (EUA, 1979)
Centro Paroquial de Meixomil
«O pai e esposo Ted Kramer (Dustin Hoffman) ama a sua família e o seu trabalho, onde passa a maior parte do tempo. Uma noite, ao regressar a casa, a esposa Joanna (Meryl Streep) confronta-o e decide abandoná-lo, forçando-o a encarregar-se do filho de seis anos. Kramer contra Kramer é um drama sem precedentes sobre a dor causada pelo divórcio e a luta para manter o equilíbrio entre o trabalho e a família. Recebamos o que nos diz a Amoris laetitia: “Tem-se de acolher e valorizar sobretudo a angústia daqueles que sofreram injustamente a separação, o divórcio ou o abandono, ou então foram obrigados, pelos maus-tratos do cônjuge, a romper a convivência. Não é fácil o perdão pela injustiça sofrida, mas constitui um caminho que a graça torna possível. Daí a necessidade duma pastoral da reconciliação e da mediação, inclusive através de centros de escuta especializados que se devem estabelecer nas dioceses” (n. 242)».
15 de maio, 21.00 h.: Na América, de Jim Sheridan (Irlanda/Grã-Bretanha, 2002)
Auditório da Igreja de Modelos
«Jim Sheridan conta-nos a história de uma família de imigrantes irlandeses que viajam para os Estados Unidos em busca de melhores oportunidades de vida. Desde a linha fronteiriça percebemos a dor que atravessa esta família: o pai sem trabalho e com muito pouco dinheiro; a mãe com depressão; Cristy, a filha adolescente, que não diz palavra; Ariel, uma simpática menina de uns cinco anos. Contudo, é uma família que está a caminho, que sonha e se esforça por seguir em frente. No n. 46 da Amoris laetitia podemos ler a respeito: “As migrações ‘constituem outro sinal dos tempos, que deve ser enfrentado e compreendido com todo o seu peso de consequências sobre a vida Familiar’. […] A Igreja desempenhou, neste campo, papel de primária grandeza. A necessidade de manter e desenvolver este testemunho evangélico (cf. Mt 25, 35) aparece hoje mais urgente do que nunca”».
5 de junho: Caminho para casa, de Lee Jeong-Hyang (Coreia do Sul, 2002)
Centro Paroquial de Sanfins de Ferreira
«Sang-Woo, uma criança de sete anos, viveu toda a sua vida na cidade. Mas agora tem de ir para o campo e ficar com a avó, uma mulher surda-muda que guarda belos segredos no seu coração. Filme dedicado a todas as avós, que nos fala do amor incondicional, da ternura e da sabedoria dos idosos. “Os idosos – diz o papa no n. 192 – ajudam a perceber ‘a continuidade das gerações’, com ‘o carisma de lançar uma ponte’ entre elas. Muitas vezes são os avós que asseguram a transmissão dos grandes valores aos seus netos, e ‘muitas pessoas podem constatar que devem a sua iniciação na vida cristã precisamente aos avós’. As suas palavras, as suas carícias ou a simples presença ajudam as crianças a reconhecer que a história não começa com elas, que são herdeiras dum longo caminho e que é necessário respeitar o fundamento que as precede”».
3 de julho: A festa de Babette, de Gabriel Axel (Dinamarca, 1987)
Centro Paroquial de Ferreira
«Um dos filmes favoritos do papa Francisco. Deixemos que ele mesmo no-lo recomende: “A alegria deste amor contemplativo deve ser cultivada. Uma vez que somos feitos para amar, sabemos que não há maior alegria do que partilhar um bem: ‘Dá e recebe, e alegra a tua vida’ (Sir 14, 16). As alegrias mais intensas da vida surgem quando se pode provocar a felicidade dos outros, numa antecipação do Céu. Vem a propósito recordar a cena feliz do filme A festa de Babette, quando a generosa cozinheira recebe um abraço agradecido e este elogio: ‘Como deliciarás os anjos!’ É doce e consoladora a alegria de fazer as delícias dos outros, vê-los usufruir delas. Este júbilo, efeito do amor fraterno, não é o da vaidade de quem olha para si mesmo, mas o do amante que se compraz no bem do ser amado, que transborda para o outro e se torna fecundo nele” (n. 129)».
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